quinta-feira, julho 13, 2006

·۰•● As 120 Grandes Obras da Literatura Brasileira ●•۰

Descobri um projeto muito interessante, que ensina sem a pretensão de fazê-lo, e por isso vale a pena ser vistitado. Trata-se do Museu da Língua Portuguesa que fica em São Paulo (Praça da Luz, s/nº), mas dispõe de dois sites interessantíssimos baseados na abordagem conferida pelo museu, que podem ser acessados em http://www.estacaodaluz.org.br/ e http://www.museudalinguaportuguesa.org.br. Vale entrar e coletar algumas idéias que podem servir de base para inúmeras iniciativas em sala, seja de primeiro, segundo ou terceiro grau.

Entretanto, gostaria de deixar o registro de uma listagem das 120 Grandes Obras da Literatura Brasileira, que foi elaborada pelo Prof. Alfredo Bosi. Segue o texto disponível no site do Museu da Língua Portuguesa:

___________________________
As 120 grandes obras da Literatura Brasileira,
segundo o professor Alfredo Bosi

Para você usufruir e construir sua cultura literária
OU: não morra antes de ler estes livros!



Que tal uma lista com as 120 grandes obras da Literatura Brasileira? O professor e acadêmico Alfredo Bosi listou os livros obrigatórios para qualquer um interessado em se aprofundar em nossa língua e cultura.

Índice

1. As 120 grandes obras da Literatura Brasileira
1.1 - Colônia – séculos 16, 17 e 18
1.2 - Século 19 – Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Simbolismo
1.3 - Século 20
1.4 - (Modernismo)
1.5 - (Depois do modernismo)


1. As 120 grandes obras da Literatura Brasileira

O Museu da Língua Portuguesa pediu ao professor e acadêmico Alfredo Bosi uma lista de 120 grandes obras da Literatura Brasileira.

Se você deseja conhecer melhor o Brasil, se deseja construir sua cultura literária, se deseja buscar emoções duradouras, comece logo a ler estes textos!

Para se preparar, veja antes este precioso recado que o Prof. Bosi escreveu para você:

O que esta LINHA DO TEMPO representa? O que nela figura explicitamente? O que precisou ficar nela implícito?

O que se explicitou foi a história da Língua Portuguesa. O que ficou implícito foi a inclusão de obras de autores brasileiros de nascimento ou adoção, que em 2005 já nos deixaram, mas permanecem vivos na vida de suas obras, na leitura que delas fazemos e na memória que merecem como artistas da língua portuguesa no Brasil. O elenco não pôde, por óbvias razões de espaço, ser exaustivo, mas procurou ser representativo da variedade e da força de nossa cultura letrada.

Não se incluíram, portanto, autores ainda vivos, nesta data, embora, pela relevância indiscutível da sua obra, alguns poetas e narradores que vêm escrevendo desde o último quartel do século 20 já pertençam à história da língua literária portuguesa no Brasil.

Não se incluíram, tampouco, críticos literários do passado e do presente, mesmo quando se notabilizaram pela profundidade dos conceitos e excelência da sua prosa, como Araripe Jr., Nestor Vítor, João Ribeiro, Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataide), Augusto Meyer, Álvaro Lins, Otto Maria Carpeaux e Antonio Candido, pois o elenco precisou ajustarse aos limites da linha do tempo, que se rege, por sua vez, pela arquitetura mesma do Museu da Língua Portuguesa. Daí, a necessidade de escolher, prioritariamente, ficcionistas e poetas, forjadores por excelência da língua literária. A exceção, aberta para Sílvio Romero e José Veríssimo, justifica-se pelo caráter de verdadeiras balizas de nossa memória cultural que têm as suas histórias de nossa literatura até o começo do século 20.

Uma palavra sobre o teatro brasileiro. O chamado gênero dramático, que até os fins do século 19 estava intimamente vinculado às práticas literárias, destas se separou ao longo do século 20, constituindo uma das artes cênicas ou artes de espetáculo, com caracteres estruturais bem diferenciados da poesia e do romance. Um elenco de obras dramáticas certamente incluiria peças de Joracy Camargo, Nelson Rodrigues, Dias Gomes, Jorge Andrade, Ariano Suassuna, Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal, Oduvaldo Viana Filho, Millôr Fernandes, Plínio Marcos, dramaturgos, que deixaram marcas na expressão oral do português brasileiro contemporâneo.

De todo modo, no âmbito de sua proposta, a seleção buscou ser bastante ampla e diversificada. De Caminha e Anchieta, primeiras vozes da condição colonial entre nós, até a poesia rigorosa de João Cabral e as experiências narrativas densamente existenciais de Guimarães Rosa e Clarice Lispector, a língua portuguesa conheceu uma notável riqueza de tons e perspectivas, de ritmos e imagens. E causa justa admiração que tantas diferenças de filiação regional, de classe social, de contingências históricas e de fisionomias individuais tenham alcançado exprimir-se na mesma língua, acessível a todo brasileiro medianamente culto. Saibamos admirar, respeitar e conservar este legado de verdade e beleza, não só como quem guarda um tesouro, mas sobretudo como quem recebe gratuitamente um precioso instrumento de representação do mundo que nos cerca, de expressão de nós mesmos e de comunicação com o semelhante.

Veja aqui a lista:

1.1 Colônia – séculos 16, 17 e 18

1. Pero Vaz de Caminha - Carta a Dom Manuel (1500)
2. José de Anchieta - Autos e Poesias (1550)
3. Padre Manuel da Nóbrega - Cartas (1553)
4. Gabriel Soares de Sousa - Tratado descritivo do Brasil (1587)
5. Bento Teixeira - Prosopopéia (1601)
6. Frei Vicente do Salvador - História do Brasil (1627)
7. Padre Antônio Vieira - Sermões (1638-1695)
8. Gregório de Matos - Poesias – (ca 1680)
9. Manuel Botelho de Oliveira - Música do Parnaso (1705)
10.Antonil (pseud. de João Antônio Andreoni) - Cultura e opulência do Brasil (1710)
11.Nuno Marques Pereira - Compêndio narrativo do Peregrino da América (1718)
12.Academia Brasílica dos Esquecidos (1724) e Academia Brasílica dos Renascidos (1759)!
13.Cláudio Manuel da Costa - Obras poéticas (1768)
14.Basílio da Gama - O Uraguai (1769)
15.Fr. José de Santa Rita Durão - O Caramuru (1781)
16.Tomás Antônio Gonzaga - Cartas chilenas (1789?)
17.Tomás Antônio Gonzaga - Marília de Dirceu (l792)
18.Domingos Caldas Barbosa - Viola de Lereno (1798)
19.Silva Alvarenga - Glaura (1799)

1.2 Século 19 – Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Simbolismo

20.Gonçalves de Magalhães - Suspiros poéticos e saudades (1836)
21.Martins Pena - O juiz de paz na roça (1838-1842)
22.Joaquim Manuel de Macedo - A moreninha (1844)
23.Gonçalves Dias – Primeiros Cantos (1846)
24.Gonçalves Dias – Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848)
25.João Francisco Lisboa - Jornal de Timon (1852-1854)
26.Alvares de Azevedo - Obras (1853-1855)
27.Francisco Adolfo de Varnhagen - História geral do Brasil (1854-1857)
28.Junqueira Freire - Inspirações do claustro (1855)
29.Manuel Antônio de Almeida - Memórias de um sargento de milícias (1855)
30.José de Alencar - O Guarani (1857)
31.José de Alencar - O demônio familiar (1858)
32.Luís Gama - Primeiras trovas burlescas (1859)
33.Casimiro de Abreu - Primaveras (1859)
34.Tavares Bastos - Cartas do Solitário (1862)
35.Fagundes Varela - Cântico do Calvário (1865)
36.José de Alencar - Iracema (1865)
37.Qorpo-Santo - Comédias (1866)
38.Sousândrade - O Guesa (1867-1884)
39.Castro Alves - Vozes d’África, O navio negreiro (1868)
40.Castro Alves - Espumas flutuantes (l870)
41.Visconde de Taunay – Inocência (1872)
42.Machado de Assis - A mão e a luva (1874)
43.José de Alencar - Senhora (1875)
44.Bernardo Guimarães - A escrava Isaura (1875)
45.Machado de Assis - Iaiá Garcia (1878)
46.Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)
47.Machado de Assis - Papéis avulsos (1882)
48.Joaquim Nabuco - O Abolicionismo (1883)
49.Raimundo Correia - Sinfonias (1883)
50.Raul Pompéia - O Ateneu (1888)
51.Olavo Bilac - Poesias (1888)
52.Sílvio Romero - História da Literatura Brasileira (1888)
53.Aluísio Azevedo - O cortiço (1890)
54.Machado de Assis - Quincas Borba (1891)
55.Cruz e Sousa - Broquéis (1893)
56.Rui Barbosa - Cartas de Inglaterra (1896)
57.Artur Azevedo - A Capital Federal (1897)
58.Joaquim Nabuco - Minha formação (1898)
59.Alphonsus de Guimaraens - Dona Mistica (1899)
60.Machado de Assis - Dom Casmurro (1899)

1.3 Século 20

61.Euclides da Cunha - Os Sertões (1902)
62.Rui Barbosa - Réplica às defesas de redação do Projeto do Código Civil (1902)
63.Graça Aranha - Canaã (1902)
64.Cruz e Sousa - Últimos sonetos (1905)
65.Capistrano de Abreu - Capítulos de história colonial (1907)
66.Vicente de Carvalho - Poemas e canções (1908)
67.Augusto dos Anjos - Eu (1912)
68.Lima Barreto - Triste fim de Policarpo Quaresma (1911)
69.José Veríssimo - História da literatura brasileira (1916)
70.Monteiro Lobato - Urupês (1918)
71.Valdomiro Silveira - Os caboclos (1920)

1.4 (Modernismo)

72.Mário de Andrade - Paulicéia desvairada (1922)
74.Manuel Bandeira - Ritmo dissoluto (1924)
75.Oswald de Andrade - Memórias sentimentais de João Miramar (1924)
76.Oswald de Andrade - Pau-Brasil (1925)
77.Guilherme de Almeida - Raça (1925)
73.Simões Lopes Neto - Contos gauchescos (1926)
78.Alcântara Machado - Brás, Bexiga e Barra Funda (1927)
79.Mário de Andrade - Macunaíma (1928)
80.Cassiano Ricardo - Martim-Cererê (1928)
81.Manuel Bandeira - Libertinagem (1930)
82.Carlos Drummond de Andrade - Alguma poesia (1930)

1.5 (Depois do modernismo)

83.Raquel de Queirós - O Quinze (1930)
84.José Lins do Rego - Menino de engenho (1932)
85.Gilberto Freyre - Casa grande e senzala (1933)
86.Graciliano Ramos - São Bernardo (1934)
87.Jorge Amado - Jubiabá (1935)
88.Sérgio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil (1935)
89.Érico Veríssimo - Caminhos cruzados (1935)
90.Rubem Braga - O conde e o passarinho (1936)
91.Dionélio Machado - Os ratos (1936)
92.Graciliano Ramos - Angústia (1936)
93. Otávio de Faria - Tragédia burguesa, I, Mundos mortos (1937)
94.Graciliano Ramos - Vidas secas (1938)
94.Marques Rebelo - A Estrela sobe (1938)
95.Murilo Mendes - A poesia em pânico (1938)
96.Jorge de Lima - A túnica inconsútil (1938)
97.Cecília Meireles - Viagem (1939)
99.José Lins do Rego - Fogo morto (1943)
100.Carlos Drummond de Andrade - A rosa do povo (1945)
101.Guimarães Rosa - Sagarana (1946)
102.Vinicius de Moraes - Poemas, sonetos e baladas (l946)
103.Henriqueta Lisboa - Flor da morte (1949)
104.Érico Veríssimo - O tempo e o vento(1949-1961)
105.João Cabral de Melo Neto - O cão sem plumas (1950)
106.Carlos Drummond de Andrade - Claro enigma (1951)
107.Jorge de Lima - Invenção de Orfeu (1952)
108.Cecília Meireles - Romanceiro da Inconfidência (1953)
109.Graciliano Ramos - Memórias do cárcere (1953)
110.João Cabral de Melo Neto - Morte e vida severina (1956)
111.Guimarães Rosa - Grande sertão: veredas (1956)
112.Guimarães Rosa - Corpo de baile (1956)
113.Clarice Lispector - Laços de família (1960)
114.Guimarães Rosa - Primeiras estórias (1962)
115.João Antônio - Malagueta, Perus e Bacanaço (1963)
116.Clarice Lispector – A paixão segundo G.H. (1964)
117.Osman Lins - Nove novena(1966)
118.Antônio Callado - Quarup (1967)
119.Haroldo de Campos - Xadrez de estrelas (1974)
120.José Paulo Paes - Um por todos (1986)

APROVEITE A DICA E BOA LEITURA!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

·۰•● A EDUCAÇÃO VALE A PENA ? ●•۰


Se eu posso dizer que acredito em alguma coisa, é na educação. Somente através da educação podemos imaginar um mundo diferente, um mundo onde a eqüidade e a isonomia sejam concretas, e não meramente teóricas como ainda o é. Digo isso pelo fato de que a Constituição Federal do Brasil prevê que todos são iguais (princípio da isonomia) e serão igualados levando-se em conta a suas desigualdades (princípio da eqüidade), mas isso não ocorre na prática, principalmente no tocante à educação. Lamentavelmente.

A minha crença na educação supera, e muito, a minha crença na justiça ou na democracia. Ambas podem ser corrompidas facilmente. Educando se constroi alicerces sólidos, os quais são praticamente invioláveis.

Há muito tempo venho pensando sobre questões de educação: sua importância, sua força, suas limitações, o poder das novas tecnologias para a melhoria das práticas educacionais, a junção entre essas tecnologias e os diversos grupos de educandos, as distições didáticas entre os níveis educaionais, entre outros temas tão comumente tratados por educadores de renome nacional e internacional. Não tenho pretenção nenhuma de debater idéias aqui, principalmente as minhas. Tenho apenas o interesse de dialogar (?) com estes educadores e dividir algumas experiências, anseios e divagações sobre esse universo riquíssimo da educação.

Minha formação acadêmica é o Direito, porém, desde que descobri a pesquisa e o poder - e o prazer - da transmissão de idéias, ainda nos meus primeiros anos na academia, aflorou em mim a necessidade de contribuir com alguma coisa para a formação intelectual das pessoas. Não sei se obtenho o mesmo êxito de um profissional de formação educacional, porém, acredito que consigo, ao menos, manter um bom diálogo - uma quase cumplicidade intelectual - com meus interlocutores.

Até a segunda semana de janeiro de 2006 eu só havia tido contato com o pessoal da academia, ou seja, de graduados em diante. Nunca havia tomado uma classe de colegiais para dividir algum conhecimento. Duvidada que conseguiria; acreditava que eu me sentiria totalmente deslocada, eis que só havia feito coisa semelhante com os meus pares. No entanto, eu havia esquecido-me de um detalhe importantíssimo, de uma caracterista nata dos educadores, e que, por presente, eu a tenho: ambientização!

Evidente que ambientização é importante; aliás, é imprescindível. Ambientar-se é não criar raizes com apenas um grupo de interlocutores, é conseguir falar e ser entendidos por todos. Somente nesse dia, no dia que eu falei pela primeira vez para uma classe de mais de quartenta adolescentes, que eu pude perceber a importância da ambientalização.

Por natureza, eu tenho a alma jovem. Eu gosto de estar entre eles. Eles entendem com uma facilidade gigantesca, são criativos, são participativos, são espertos, são curiosos do que existe para aprender, desde que o educador esteja somente um degrau acima deles. Eles apreciam a cumplicidade com o professor, apreciam a relação próxima, a identidade. Se o professor cria uma identidade com seus alunos, acredito, consegue qualquer feito deles de bom grado.

Comecei a pensar muito sobre isso, rememorar minha vida na escola, como eu via meus professores de colégio e o motivo pelo qual alguns eram simplesmente odiados. Alguns deles me vieram tão facilmente a memória... Sempre aqueles de cara fechada, que falavam uma linguagem que não entendíamos, que viam defeitos em tudo que fazíamos, que simplesmente pareciam desconhecer o que era ser adolescente. Hoje eu gostaria de vê-los novamente para perguntar-lhes os motivos que os empurraram para o magistério de colegiais. Sinceramente, gostaria de ouví-los. Sim, não pode ser por amor a nobre arte de ensinar! Ensinar não é só chegar na frente de uma sala repleta de pessoas absurdamente diferentes em personalidade e despencar qualquer conteúdo. O conteúdo é deveras importante! Mas, conteúdo sem forma não serve para nada, não atinge o objetivo que é o aluno aprender. Da mesma maneira que forma se conteúdo também é imprestável.

Hodiernamente, se o professor ensinar seu aluno como no tempo dos meus pais (eventualmente, até como os meus próprios professores faziam, e os da graduação ainda hoje solidificam os meus eqüívicos educacionais), ele vai buscar alguma coisa mais "atrativa" para aprender. É patente que a Rede Globo, a internet (digo, a internet sem controle, grifa-se!), e até a "rua", dominam sutilmente a arte de ensinar. Porém, retomo a idéia, é apenas a forma, o conteúdo não poderia ser pior! A globalização (querendo ou não eu tenho que falar dela) diminuiu as distâncias entre emissor-informação-interlecutor, refimou a forma de apresentação da informação tornando-a mais palatável. E são os jovens e adolescentes que mais são atraídos pela sedução da forma, pois ainda não dispõem de mecanismos internos de seleção dos conteúdos.

Nesse cenário entra o professor. Ah, o pobre professor! Aquele que recebe salários baixos, que vai lecionar desmotivado, que não consegue conter sua sala... Parece-me uma bola de neve desgovernada! A situação torna-se mais grave a cada dia, pois nenhuma das preciosíssimas informações que ele tem a fornecer aos seus alunos vai ser aproveitada. Porque? Oras, ele não tem um "apelo", ele não se ambientiza, sua mensagem não chega ao seu interlocutor que muitas vezes já foi seduzido pela informação equivocada, maliciosa e prejudicial vinda de outras "fontes de aprendigem"!

Não estou querendo com esse texto ensinar nenhum professor, nem teria "know how" para tanto. É somente a minha humilde impressão da situação. A impressão de quem já foi e é aluna (e pretendo sê-lo por toda vida!) e que está sonhando em vir a ser uma boa professora.

Somente para contextualiza a situação que eu usei como base para toda essa conversa, eu tive a honra de passar um pouco mais de duas horas com quarenta e cinco (creio ser esse o número) pessoas, entre quinze e dezesseis anos, da mais alta educação, com um senso de grupo incrível, com uma capacidade para aprender e para dividir o que pensam com relação ao que se está passando a eles, enfim, quarenta e cinco jovenzinhos com um futuro brilhante! Esse grupo eu conheci pelo fato de ter realizado um trabalho voluntário, pois eles são treinandos da Guarda Mirim de Piracicaba. São adolescentes tidos como carentes, de familias com baixa renda familiar, que devem já ter enfrentado uma série de problemas de toda natureza, mas que são o sonho de qualquer professor, eu garanto!

Fui convocada para tratar de um tema que praticamente era desconhecido para mim: "Relacionamento Familiar e Participação no Orçamento da Família". Estudei, preparei a aula, preparei o material (Apostila e Questionário) e elaborei uma apresentação em PowerPoint, para enriquecer a aula, usando elementos conhecidos para eles (como desenhos animados) para tentar chegar mais próximo deles. Acho que consegui. Foi uma das experiências mais importantes que eu já tive. Valeu pessoal!